Entenda a estratégia na troca do ministro da saúde sem o viés da grande mídia.

O que de fato aconteceu com Ludhmilla Hajjar e Marcelo Queiroga na troca de Pazuello.

Agora entendi porque o Paulo Guedes chamou o Presidente da República de um gigante político.Sobre o governo Federal, com a troca do ministro da saúde, muitas coisas aconteceram e pouca gente tomou conhecimento. O fato é que com a nova Cepa e o crescimento dos casos,

O governo tinha mesmo de adotar uma postura nova. A oposição articulava uma CPI da saúde, usando as narrativas dos problemas de Manaus e o fato de o ministro atual não ter uma formação adequada (segundo ela) ao ministério da saúde.

Artur Lira (presidente da Câmara) percebeu que isso estava entrando nos deputados na base de centro, e foi alertar o presidente que a intenção da galera era obstruir as sessões para atrasar as pautas de reforma.

Tasso Jereissati , senador pelo Ceará, que comandaria em parte esse movimento, entendeu que com polêmica e ênfase na pandemia, as casas não poderiam passar os projetos e, assim como Maia, ele planejava travar o andamento

Era preciso um clima de mudança e Artur Lira sugeriu o nome de Ludhmilla Hajjar , que já tinha trânsito em alguns governos e até com alguns membros do STF. A ideia era colocar alguém que diminuísse o impacto dos ataques. Só que Bolsonaro pediu um dossiê para avaliar a possível candidata.

O dossiê chegou em cima da hora e, com pouco tempo de avaliação, não puderam cancelar a reunião. Mas o presidente já sabia que a tal Ludhmilla Hajjar era uma arapuca. Em um ato de respeito ao chefe da Câmara, que a tinha indicado, recebeu a convidada para conversar.

Mesmo sabendo da falta de crédito para o cargo na linha do governo. Claro que foi recusada. Mas saiu dizendo que “Negou o convite do presidente”. E mentiu ainda dizendo que tinha sido seguida no hotel em que estava, com tentativas de invasão , fato negado pelo próprio hotel e todo o sistema de vigilância. Mesmo assim deu entrevistas e aproveitou a exposição. Essa seria uma espécie de Mandeta de saia.

Marcelo Queiroga, que entra no lugar de Pazuelo, foi aluno de Enéas, e também convidado anteriormente para um lugar na ANS. Conhece o presidente de longa data e é afinado nas políticas, jogando bem com a mídia.

Pazuelo deixa de presente acordos gigantes de vacinas, que vão garantir o clima de estabilidade que o governo quer manter para ajudar o novo ministro. O Planalto acertou de novo, mas ainda tem a cereja do bolo

Felipe Neto tem de dar esclarecimentos sobre suas declarações contra o PRESIDENTE, consideradas “Crime de Segurança Nacional”. Muita gente achou estranho a ação do governo nesse sentido. Eu não. E explico o porquê.

Vamos lembrar que o ministro Alexandre de Morais tinha prendido o deputado Daniel Silveira com esse mesmo argumento. E toda a oposição bateu palma, inclusive o senhor Felipe, com declarações toscas. Felipe é a ancora da frente ampla. Ele vai ligar toda a oposição contra Bolsonaro, mesmo não sendo candidato e por isso a escolha dele, ao invés de outros que já insultaram e tentaram incriminar o presidente. Ele vai fazer todos se manifestarem e se posicionar contra o tal ato de censura por parte do planalto. Mas com o precedente aberto, um caso evidencia o outro. Logo todo mundo que quer Felipe livre de acusações, vai ter de usar o mesmo critério com Daniel Silveira. Isso evidencia muito mais os erros de Alexandre de Morais, que a todo custo tenta se esconder da mídia agora. Justamente no momento em que Caio Coppola começou um movimento de coletar assinaturas para o impeachment desse mesmo ministro. E Rodrigo Pacheco, presidente do Senado não tem rabo preso com o STF. Em conversas privadas já declarou que existe a sinalização da possibilidade. E o ministro sabe disso.

Já a oposição que se acha tão malandra, repercute o caso de Felipe internacionalmente. Justamente o que se espera que eles façam. Entendeu a jogada padawan? Eu vejo um monte de bolsonaristas que apoia o governo, descer a lenha em Bolsonaro por causa de algumas escolhas,sem imaginar a possibilidade de movimentos que ele é capaz de fazer. Apesar das intempéries, o presidente tá jogando pra ganhar. Nosso papel é torcer pela vitória dele, pois assim ganhamos juntos.

Fonte : Texto de Zélia Harter via Twitter

Curvelo (MG) 18/03/2021 – 18:04h

José Carlos Martins

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