Está mais fácil acreditar em Papai Noel, coelhinho da páscoa do que em Greenwald

Beira ao ridículo a nova farsa de Greenwald sobre as conversas envolvendo FHC.

Para desmontá-la, pule o texto principal e foque sua leitura na íntegra dos diálogos – a chave está na conversa de Moro com Dallagnol e na de Dallagnol com Sergio Bruno, da PGR.

Para compreender o que houve, é preciso colocar as frases em ordem cronológica – respeitando os horários de cada diálogo – e não em blocos separados, como fez Glenn.

Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?

Diante da pergunta do juiz, Dallagnol entra em contato com o grupo da PGR em Brasília. Quem responde é o procurador Sergio Bruno, integrante da equipe de Rodrigo Janot.

Dallagnol – 11:42:54 – Caros o fato do FHC é só caixa 2 de 96? Não tá prescrito? Teve inquérito?
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:25 – Mandado pra SP
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:44 – Não analisamos prescrição
Dallagnol – 13:26:11 –   

Na sequência, o coordenador da força-tarefa no Paraná responde a Moro, repassando a informação da PGR e ironizando a decisão de Brasília – quem acompanhou a Lava Jato sabe dos atritos entre as equipes de Janot e Dallagnol.

Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para passar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante.

O que Moro faz, ao fim, é questionar a atitude da PGR de enviar os indícios sobre FHC para SP e, assim, usar politicamente a investigação — o que poderia melindrar um apoiador da Lava Jato, que vinha sendo fustigada.

Ao colocar os diálogos em ordem, contextualizando-os, fica claro que, ao falar em “passar recado de imparcialidade”, Dallagnol não se refere a Sérgio Moro, mas a Rodrigo Janot.

Naquele momento, em abril de 2017, Janot estava em guerra declarada contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que, por sua vez, sempre foi muito próximo ao PSDB de Minas Gerais e de São Paulo. Não por acaso, 25 dias depois Janot apresentou ao STF uma Arguição de Suspeição contra Gilmar.

Melindrar FHC significava dar mais uma estocada em Gilmar, além, é claro, do prejuízo político para o partido do então governador Geraldo Alckmin e do pré-candidato João Doria enviando para São Paulo uma denúncia de crime obviamente prescrito desde 2008.

Na nova peça de propaganda de Glenn Greenwald junta diálogos ocorridos em novembro de 2015, junho de 2016 e abril de 2017.

Fontes : IntercePTO AntagonistaJornal da Cidade O Antagonista

Curvelo 19/06/2019 07:49

José Carlos Martins

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