Apoiar contra-golpe de março/64 não é ser a favor da ditadura e da tortura

Dois fatos diferentes com duas consequências distintas.

Primeiro fato : primeira consequência;

O  Brasil estava um caos em 1964, estávamos a beira de uma revolução comunista.

Em 1964 uma série de indícios sinalizava a exacerbação das investidas comunistas para se apossar do poder.Luís Carlos Prestes  fora convocado para assumir o papel de mandante da URSS dentro do território brasileiro. Em 1961, encontrou Nikita Khrushchov,líder da União Soviética, e juntos planejaram a revolução agrária no Brasil, um movimento de redistribuição das propriedades rurais por meio da força militantes que eram submetidos a um treinamento político-militar, necessário para que pudessem compor os quadros revolucionários que desencadeariam uma guerrilha no Brasil

A causa comunista brasileira contava com o apoio de Fidel Castro, que, além do treinamento militar, ainda forneceu armas, dinheiro, e comprou fazendas em Goiás, Acre, Bahia e Pernambuco, transformadas em locais de treinamento para os insurretos.A existência desses centros de preparação se tornou pública e notória no dia 4 de dezembro de 1962,quando o jornal O Estado de São Paulo noticiou a descoberta e o desmantelamento de um campo de guerrilha no Estado de Goiás, pertencente às ligas camponesas.
No dia 13 de março de 1964. Em cima de um palanque, na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, João Goulart, Leonel Brizola e Miguel Arraes

instigavam as 100 mil pessoas ali reunidas pessoas ali reunidas a desacatar a Constituição. Os cubanos infiltrados por Fidel Castro insuflavam os trabalhadores através das ligas camponesas a se rebelarem armadas como foi feito em Cuba.

Dia 23 de março de 1964, os oficiais da Marinha decretaram um motim na sede dos Sindicatos dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, em reação
que durou até o dia 26 quando se renderam e foram presos.Horas depois, os prisioneiros foram libertados, anistiados por Goulart.
O golpe para a revolução comunista esta a todo vapor, mesmo contra o interesse da maior  parte da população que foi as ruas pedir a saída de Goulart. O confisco de propriedades estava começando, a ligas camponesas treinadas e armadas por Cuba, a Marinha sendo preparada para ser ser o braço armado o movimento.
Ou os militares atendiam o que o povo queria ou os comunista transformariam o Brasil em uma nova Cuba. Se os militares venezuelanos tivessem o mesmo patriotismo que os brasileiros hoje o povo de la não estaria comendo lixo.

Segundo fato : segunda consequência;

Atendendo a vontade do povo, como apoio  da OAB, CNBB da impressa o contra golpe de 1964 foi necessário, e logo depois dele houve eleições e os militares iriam abandonar o governo quando as ações terrorista de  esquerda no estilo Farcs da Colômbia começaram. Estima-se que os terroristas de esquerda mataram  quase 200 pessoas durante o período. O governo militar poderia ter resolvido de maneira tranquila e sem violência , como defendiam alguns militares ou de maneira firme e enérgica como defendiam outros militares. A ala mais radical venceu e foi decretado o AI5 ( ato institucional 5) em 1968. Até  então não havia ditadura. Por isto defender o contra golpe de 1968 não é defender a ditadura, pois ela não começou em 1964,

Em 13 de dezembro de 1968, o Presidente Costa e Silva editou o Ato Institucional n.º 5. O ai-5 determinou a suspensão de importantes dispositivos constitucionais referentes às liberdades individuais e deu ao Executivo poderes que lhe asseguravam a preponderância sobre os Poderes Legislativo e Judiciário. O Presidente da República podia agora intervir nos estados e municípios, decretar o recesso parlamentar, cassar mandatos eletivos e suspender os direitos políticos de qualquer cidadão pelo prazo de10 anos. Tornou-se possível, igualmente, demitir ou remover juízes e suspender a garantia do habeas corpus. O ai-5 também institucionalizava a censura à imprensa e determinava punições mais rígidas aos autores de atos de guerrilha terrorista praticados contra a sociedade.Portanto esta é a data de início da ditadura e não 31 de março de 1964, que foi outro fato com outra consequência.

Conclusão.

Devemos comemorar o dia 31 de março de 1964 como o dia em que o povo brasileiro se uniu contra o comunismo. E devemos repensar a necessidade do AI 5 que endureceu a repressão , devemos lamentar as mortes 434 terroristas e das quase 200 vitimas dos terroristas que nunca são lembradas.

E não podemos jamais esquecer que entre as 634 vitimas destes período , umas morreram por escolhas ideológicas, outras por que estavam cumprindo seu dever e algumas  foram vítimas de atos terroristas.

o livro “Golpe de 1964 — O que os livros de história não contaram”*, de Itamar Flávio da Silveira e Suelem Carvalho, ( compre aqui), da os nomes de 120 mortos pelos terroristas e vejam que o número aumenta depois do AI5.

1964:
Paulo Macena (vigia).

1965:
Carlos Argemiro Camargo (sargento do Exército).

1966:
Edson Régis de Carvalho (jornalista), Nelson Gomes Fernandes (almirante da Marinha).

1967:
Zé Dico (fazendeiro), Osíris Motta Marcondes (bancário).

1968:
Agostinho Ferreira Lima (marinheiro), Ailton de Oliveira (agente penitenciário), Mário Kozel Filho (soldado), Noel de Oliveira Ramos (civil), Nelson de Barros (sargento PM), Maximilian Von Westernhagen (major), Eduardo Custódio de Souza (soldado PM), Antônio Carlos Jeffery (soldado PM), Charles Rodney Chandler (capitão, EUA), Luiz Carlos Augusto (civil), Wenceslau Ramalho Leite (civil), Estanislau Ignácio Correia (civil).

1969:
Alzira Baltazar de Almeida (dona de casa), Edmundo Janot (lavrador), Cecildes Moreira de Faria (inspetor de polícia), José Antunes Ferreira (guarda civil), Manoel da Silva Dutra (civil), Francisco Bento da Silva (motorista), Luiz Francisco da Silva (vigia bancário), José de Carvalho (investigador), Orlando Pinto da Silva (guarda civil), Naul José Montovani (soldado PM), Guido Boné (soldado PM), Natalino Amaro Teixeira (soldado PM), Cidelino Palmeiras do Nascimento (taxista), Aparecido dos Santos Oliveira (soldado PM), José Santa Maria (bancário), Sulamita Campos Leite (dona de casa), Mauro Celso Rodrigues (soldado PM), José Getúlio Borba (comerciário), João Guilherme de Brito (soldado PM), Samuel Pires (cobrador de ônibus), Kurt Kriegel (comerciante), Cláudio Ernesto Canton (agente PF), Euclídes de Paiva Cerqueira (guarda particular), Abelardo Rosa Lima (soldado PM), Romildo Ottenio (soldado PM), Nilson José de Azevedo Lins (civil), Estela Borges Morato (investigadora), Friederich Adolf Rohmann (protético), Orlando Girolo (bancário), Joel Nunes (subtenente PM), Elias dos Santos (soldado).

1970:
José Geraldo Alves Cursino (sargento PM), Antônio Aparecido Posso Nogueró (sargento PM), Newton de Oliveira Nascimento (soldado PM), Joaquim Melo (investigador), João Batista de Souza (segurança), Alberto Mendes Junior (tenente PM), Irlando de Moura Régis (agente PF), Isidoro Zamboldi (segurança), Vagner Lúcio Vitorino da Silva (segurança), José Armando Rodrigues (comerciante), Bertolino Ferreira da Silva (segurança), Célio Tonelly (soldado PM), Walder Xavier de Lima (sargento da Aeronáutica), José Marques do Nascimento (civil), Garibaldo de Queiroz (soldado PM), José Aleixo Nunes (soldado PM), Hélio de Carvalho Araújo (agente PF).

1971:
Marcelo Costa Tavares (estudante, 14 anos), Américo Cassiolato (soldado PM), Fernando Pereira (comerciário), Djalma Peluci Batista (soldado PM), Mateus Levino dos Santos (tenente da Aeronáutica), José Julio Toja Martinez (major do Exército), Maria Alice Matos (empregada doméstica), Manoel da Silva Neto (soldado PM), Adilson Sampaio (artesão), Antônio Lisboa Ceres de Oliveira (civil), Jaime Pereira da Silva (civil), Gentil Procópio de Melo (taxista), Jayme Cardenio Dolce (segurança), Silvâno Amâncio dos Santos (segurança), Demerval Ferreira dos Santos (segurança), Alberto da Silva Machado (civil), José do Amaral (sub-oficial da reserva da Marinha), Nelson Martinez Ponce (cabo PM), João Campos (cabo PM), José Amaral Vilela (segurança), Eduardo Timóteo Filho (soldado PM), Hélio Ferreira de Moura (segurança).

1972:
Tomaz Paulino de Almeida (sargento PM), Sylas Bispo Feche (cabo PM), Eizo Ito (estudante), Iris do Amaral (civil), David A. Cuthberg (marinheiro inglês), Luzimar Machado de Oliveira (soldado PM), Benedito Monteiro da Silva (cabo PM), Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi (civil), Manoel dos Santos (segurança), Aníbal Figueiredo de Albuquerque (coronel do Exército), Odilo Cruz Rosa (cabo do Exército), Rosendo (sargento PM), João Pereira (mateiro), Mário Domingos Panzarielo (detetive da Polícia Civil), Mário Abraim da Silva (sargento do Exército), Sílvio Nunes Alves (bancário), Luiz Honório Correia (civil), Severino Fernandes da Silva (civil), José Inocêncio Barreto (civil).

1973:
Manoel Henrique de Oliveira (comerciante), Pedro Américo Mota Garcia (civil), Octávio Gonçalves Moreira Júnior (delegado de polícia), Pedro Mineiro (capataz), Francisco Valdir de Paula (soldado do Exército).

1974:
Geraldo José Nogueira (soldado PM).

Comunismo nunca mais.

Referência ” Entre mitos e verdades – A história do regime Militar ” e- book que pode ser baixado aqui

Curvelo 31/03/2019

José Carlos Martins

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